Vacinas extra plano – Fazer ou não fazer: Hepatite A

Vacinas extra plano – Fazer ou não fazer: Hepatite A

hepatire A

Vacina contra a hepatite A

A infeção pelo vírus da hepatite A geralmente é benigna e muitas vezes sem sintomas mas, em casos raros, pode causar falência hepática aguda com necessidade de transplante hepático. No mundo é a causa mais frequente de hepatite aguda, principalmente em países subdesenvolvidos, com más condições sanitárias, onde a prevalência desta infeção é elevada (África, América do Sul, regiões da Ásia e Europa de leste).

Em Portugal a prevalência já foi alta, mas com a melhoria das condições sanitárias e de higiene, baixou drasticamente. Atualmente Portugal é considerado um país de baixa endemicidade.

Existem 2 marcas de vacina comercializadas em Portugal, Havrix® e Vaqta®. Ambas são eficazes e seguras e podem ser administradas a qualquer pessoa a partir dos 12 meses de idade. Os efeitos secundários mais frequentes estão relacionados com reação no local de injeção.

Devem ser feitas 2 doses, a 1ª dose ou primovacinação, que só por si confere proteção contra a hepatite A ao fim de 2 a 4 semanas. O reforço (ou 2ª dose) deve ser feito preferencialmente 6 a 12 meses após a primovacinação, mas pode ser dado até 5 anos depois. É possível iniciar a vacinação com uma marca e terminar com outra. Deve ser adiada se doença febril grave.

A Comissão de Vacinas recomenda a vacinação de crianças e adolescentes que pretendam viajar para países com endemicidade intermédia ou alta; em comunidades em que ocorra um surto de hepatite A ou em situações particulares como doença hepática crónica, hemofilia, infeção VIH e em candidatos a um transplante.

 

Sónia Antunes
Pediatra
Clínica Crescendo

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