Gripe e vacinas nas crianças
A gripe sazonal
A gripe sazonal é um importante problema de saúde pública, com implicações clínicas e económicas muito significativas em todo o mundo, nomeadamente na população pediátrica.
A vacinação contra a gripe tem sido considerada a principal intervenção de saúde pública para o controle da gripe. O maior risco de complicações é observado nos idosos, indivíduos com patologias de risco, grávidas e crianças com menos de 5 anos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a vacinação sazonal contra a gripe em crianças, definindo o grupo etário <5 anos como um grupo de risco devido ao risco acrescido de exposição e transmissão do vírus influenza, bem como de desenvolver doença grave.
Em Portugal, a comissão de vacinas da Sociedade de Infecciologia Pediatrica (SIP) e a Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) recomendam na época 2024/2025 a vacinação contra a gripe em:
- Crianças contempladas nos grupos de risco (norma 007/2004 da DGS), prioritariamente;
- Crianças e adolescentes não incluídos na norma, com prioridade para o grupo etário entre os 6 meses e os 5 anos;
- Todas as crianças/adolescentes com idade ≥6 meses, coabitantes de pessoas de alto risco de doença grave;
- Todas as crianças/adolescentes com idade ≥6 meses, coabitantes de recém-nascidos/lactentes com idade<6 meses;
- Preferencialmente com a vacina intranasal nas crianças/adolescentes imunocompetentes, com idade ≥24 meses e que não apresentem contraindicações ou precauções adicionais;
- Se não houver limitações na disponibilidade da vacina, poderá ser considerada nas crianças e adolescentes não incluídas nas recomendações supracitadas.
As vacinas
Existem no mercado 2 tipos vacinas:
- Vacina inativada tetravalente, de administração intra-muscular – para crianças a partir dos 6 meses.
- Vacina viva atenuada, de administração intranasal- para crianças e adolescentes com idade compreendida entre os 2 e os 17 anos.
Crianças até aos 8 anos (inclusive) vacinadas pela primeira vez contra a gripe sazonal devem fazer 2 doses, com um intervalo de, pelo menos, 4 semanas (independentemente do tipo de vacina).
As vacinas contra a gripe têm um perfil de segurança elevado, com uma relação risco-benefício favorável. O efeito adverso mais comum das vacinas inativadas é a reação local (dor e eritema). Entre os sintomas sistémicos, a febre, dores musculares e a fadiga apresentam frequência variável entre 5 e 20%. Esses efeitos geralmente são leves e não requerem atenção médica.
As reações adversas da vacina intranasal mais comumente descritas na população pediátrica são congestão e corrimento nasal, dor de cabeça, diminuição da atividade, dor de garganta, falta de apetite, dores musculares e febre. Os efeitos adversos verificam-se pouco tempo depois da vacinação e são normalmente ligeiros e limitados no tempo, resolvendo-se em 1-2 dias.
Se tiver dúvidas sobre a vacinação contra a gripe ou qual a melhor vacina para a criança, agende uma consulta com o seu pediatra.
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