A importância dos pais na educação alimentar dos filhos
Educação Alimentar
Sabe-se hoje, que uma alimentação adequada em qualidade e quantidade durante a infância, é
benéfico no desenvolvimento físico e intelectual da criança e para além disso permite reduzir
uma série de doenças associadas a uma alimentação incorreta.
Durante esta fase da vida, os pais assumem um papel importantíssimo, na relação que se
estabelece com a alimentação, uma vez que servem de modelo para os hábitos alimentares
que se virão a estabelecer.
As rotinas diárias, o acesso fácil a refeições e snacks prontos a consumir (regra geral ricos em
gordura e/ou açúcar e/ou sal), a influência da publicidade e das estratégias de marketing
alimentar, a falta de conhecimento e a desvalorização da importância da alimentação, são
fatores que predispõe à prática de uma alimentação desequilibrada.
Posto isto, seguem-se algumas sugestões para os pais, que certamente terão impacto nos hábitos alimentares dos seus filhos:
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Promova a realização de refeições em família: Aproveite a hora da refeição para tirar proveito
da companhia da família, mas também para dar o exemplo aos seus filhos. Não adianta incutir
a importância de consumir hortícolas, fruta ou pescado, se os pais não o fizerem;
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As refeições deverão ser realizadas com o tempo necessário e sem distrações: O incentivo a
que a refeição seja feita rapidamente, poderá ter impacto negativo, na aceitação de
determinados alimentos e mais tarde na regulação da saciedade;
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Não ceda ao primeiro “não gosto”: Vários estudos indicam que será necessário experimentar
um alimento novo, 12 a 15 vezes, até que seja aceite;
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Não utilize os alimentos como recompensa ou castigo: A criança acabará por interiorizar que
os alimentos de maior aceitação (regra geral mais desequilibrados, como os doces) são
oferecidos quando desempenha determinada tarefa solicitada e outros menos apreciados
(regra geral mais equilibrados, como os hortícolas, a fruta e o pescado) serão oferecidos como
forma de castigo;
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Estabeleça algumas regras alimentares (Por exemplo: deve ser explicado à criança que
determinados alimentos, com uma composição menos adequada, deverão ser consumidos
pontualmente e não com frequência diária);
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Embora com regra, forneça alguma autonomia nas escolhas alimentares (Por exemplo: Em
vez de questionar se a criança quer um bolo ou pão, dê-lhe a escolher entre dois tipos de pão);
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Envolva os seus filhos na compra de hortícolas, fruta e pescado: Ao aumentar o contato com
este tipo de alimentos, poderá aumentar a probabilidade de aceitação dos mesmos;
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Incentive os seus filhos a ajudá-lo na preparação das refeições: Peça-lhe para desempenhar
tarefas como lavar os hortícolas e as frutas; partir os ovos; … Ao ser envolvido nas tarefas,
aumenta a probabilidade da criança querer experimentar aquilo que preparou.
Ensine os seus filhos a cuidar da sua saúde!
Vera Costa
Nutricionista
Clínica Crescendo
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